O Instituto Alok apoia a ANMIGA, em ações de fortalecimento contínuo da capacidade de acompanhamento jurídico e elaboração de estratégias legais e de comunicação para o posicionamento da mulher indígena frente às demandas locais, nacionais e /ou globais, que venham violar seus direitos enquanto indígenas mulheres.
A Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA), é uma articulação de Mulheres Indígenas de todos os biomas do Brasil, com saberes, tradições e lutas que se somam e convergem pela garantia dos direitos e vida dos povos indígenas.
- Produção de vídeos com lideranças femininas
- sistematização de demandas das mulheres para a obtenção de dados qualificados para a mobilização de parceiros;
- consolidação da participação de mulheres originárias em encontros relevantes, potencializando e ampliando a comunicação em rede; e,
- atuação da ANMIGA considerando os seis biomas
A mãe do Brasil é indígena
A ANMIGA tem avançado na construção coletiva de uma agenda que inclui o combate à violência de gênero e às violações cometidas contra os povos indígenas e seus territórios, a partir de encontros, debates e formação que compõem a Caravana das Originárias da Terra. Em 2022 (Ano I do projeto apoiado pelo Instituto Alok e outros parceiros), a Caravana das Originárias da Terra realizou 22 formações sobre representatividade política, envolvendo mais de 205 povos indígenas em distintos territórios dos seis biomas brasileiros (Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pampa e Pantanal), sempre ecoando as vozes das ancestralidades.
São as mulheres guardiãs, que têm se articulado nas redes e nas ruas, no chão dos múltiplos territórios, acolhendo e fortalecendo o engajamento nas frentes de luta pelo bem viver de povos tradicionais. No esforço de qualificar a participação da mulher indígena, participam todas as mulheres de todas as gerações, criando diálogo entre os povos tradicionais, ativistas urbanos e artistas conectados também ao tema das mudanças climáticas.
Protagonistas e multiplicadoras nos espaços de falas e tomadas de decisão política, as mulheres tem uma agenda de enfrentamento da violência de gênero e das crescentes violações de direitos praticadas diariamente contra os povos indígenas do Brasil.
As indígenas mulheres dizem: A mãe do Brasil é indígena. São corpos territórios coletivos, raízes, terras, águas e sementes. São coletivos de organismos territoriais, que conectam as mulheres terras e mulheres-sementes a partir dos afetos, sonhos, somas, potências, curas, histórias, memórias coletivas e territórios.
A iniciativa carrega a ancestralidade das mulheres indígenas como fonte primária de sua atuação política e social.
Aconteceu, em setembro de 2023, a Marcha das Mulheres Indígenas, que trouxe como tema: “Mulheres Biomas em defesa da biodiversidade pelas raízes ancestrais”. Participaram cerca de 8000 mulheres de todos os estados e biomas de 247 povos do Brasil. Foram abordadas as seguintes pautas:
– emergentes de crise climática, incidência política, violências contra as mulheres indígenas e inserção das mulheres em espaços de decisão.
Assista esta série de seis vídeos (clique no ícone no topo do vídeo) com lideranças femininas indígenas. Foram produzidos pela ANMIGA com apoio do Instituto Alok no contexto do projeto Vozes e Direitos.
Caravana das Originárias da Terra
Fotos: Arquivo ANMIGA
Em 2022/2023, a Caravana avançou nos seguintes temas e ações, beneficiando mais de 8 mil mulheres de todos os estados e biomas de 247 povos do Brasil:
– Emergentes de crise climática, incidência política, violências contra as mulheres indígenas e inserção das mulheres em espaços de decisão.
– Criação da OKAIM, frente a combate a violência de gênero.
– Mobilização e articulação para a 3ª Marcha das mulheres indígenas
– Formação política e as candidaturas (2 deputadas eleitas, em MG e SP.
– Consolidação da Bancada do Cocar, presença corpo território indígena mulher no espaço de representação político.
– Participação na 18ª e 19ª Acampamento Terra Livre.
– Seminário da Originárias da terra
Os encontros foram realizados nos seguintes territórios:
- Ceará – Território Pitaguari
- Alagoas – Território Wasú Cacoal
- Pernambuco – Território Xucuru Ororubá
- Maranhão – Território Guajajara
- Pará – Território Gavião,
- Pará – Território Tembé
- Pará – Território Munduruku
- Amazonas – Capital
- Roraima – Território Macuxi
- Roraima – Território Wapichana
- Mato Grosso – Bakairi
- Mato Grosso do Sul – Terena
- Rondônia – Território Tupari e Suruí
- Paraná – Território Guaíra
- Santa Catarina – Território Guarani
- Santa Catarina – Território Xokleng
- Rio Grande do Sul – território Kaingang
- Tocantins – Território Karajá, Javaé e Xerente
- Paraíba – Monte Mour ( Aldeia Potiguara)
- Dourados/MT – Território Guarani Kaiowá
- Indígenas Mulheres na Política – Recife
- Indígenas Mulheres na Politica, Democracia que queremos – Bahia
Sobre a ANMIGA:
A Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA), é uma articulação de Mulheres Indígenas de todos os biomas do Brasil, com saberes, tradições e lutas que se somam e convergem pela garantia dos direitos e vida dos povos indígenas.