O Instituto Alok apoia a UNIVAJA – União dos Povos Indígenas do Vale do Javari no desenvolvimento do projeto “Governança e Proteção Etnoambiental”, com o objetivo de facilitar a realização de encontro de lideranças na aldeia Rio Branco, do Povo Matis, quando serão desenvolvidas ações que visam rever o modelo de governança da Univaja.
Imagem: Leonardo Set
O encontro de lideranças se dá para a ação no amplo contexto do “Projeto de Proteção Etnoambiental do Vale do Javari/PPEVJ” que está lastreado em dois objetivos principais:
– fortalecer os mecanismos de proteção em toda a extensão de seus limites demarcados, por meio de estruturação, revitalização e consolidação de estratégias e estruturas de vigilância destinadas ao combate do acesso ilegal para atividades ilícitas tais como extração e tráfico de recursos naturais (fauna e flora); e,
– promover o protagonismo do movimento indígena, por meio de suas organizações de base, permitindo-lhes maior autonomia administrativa e operacional nas suas ações finalísticas de movimento social.
A organização é uma das entidades indígenas brasileiras vencedoras em 2024 do PRÊMIO EQUATORIAL, com o qual o PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento reconhece soluções que gerenciam de forma sustentável a natureza e a biodiversidade.
Sobre a UNIVAJA
União dos Povos Indígenas do Vale do Javari
A UNIVAJA existe desde 2010 e é a principal articulação dos povos e organizações indígenas que vivem no Vale do Javari, onde existe a maior concentração de povos “isolados” no mundo, com cerca de 7 povos e 6.102 indígenas.
A Organização está localizada na segunda maior Terra Indígena do Brasil, no extremo oeste do Amazonas, fronteira com o Peru, e abrange os municípios de Atalaia do Norte, Benjamin Constant e São Paulo de Olivença. Tem dimensões equivalentes a 8.544.482 milhões de hectares, e remanesce como uma das regiões mais remotas e desconhecidas do território brasileiro na Amazônia.
A organização representa os povos isolados por considerar que estes possuem vulnerabilidade imunológica às doenças dos não-indígenas, enfrentando ameaças físicas e culturais quando o Vale do Javari está ameaçado.
As línguas faladas pelos povos “isolados” são desconhecidas.
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