O Instituto Alok apoiou o coletivo Mídia Indígena no 19ª Acampamento Terra Livre 2023 (ATL), para a criação de um espaço voltado às atividades de comunicação de grupos de jovens de distintas etnias, através da realização de:
– Workshops de comunicação.
– Debates com cineastas indígenas.
– Talk shows com artistas e podcasts com as lideranças dos territórios transmitidos pela Mídia Índigena, APIB e ANMIGA.
– Oficinas de gestão territorial, sustentabilidade e mudanças climáticas.
O Acampamento Terra Livre é a maior mobilização indígena do Brasil, e esse ano (2023) reuniu cerca de 7 mil líderes em Brasília, comemorando a criação do primeiro Ministério dos Povos Indígenas. Todos os anos o Acampamento reforça a importância da demarcação das terras indígenas no Brasil e o enfrentamento da chamada “agenda anti-indígena”, composta pelo julgamento do Marco Temporal e por projetos de lei que libera a exploração de terras, o licenciamento ambiental e o uso de agrotóxicos.
Vídeo: TV Câmara | Fotos: Arquivo Projeto
Sobre a Mídia Indígena
A Mídia Índígena é um coletivo de comunicação descentralizada que produz e difunde conteúdos e pautas inerentes à questão indígena no Brasil, respeitando as especificidades de cada povo, a partir da lógica colaborativa de compartilhamento e de comunicação, conectando e empoderando os jovens indígenas de todo o país.
Foi criada em 2015 dentro do Acampamento Terra Livre e é protagonizada por esses jovens que contribuem para romper uma comunicação hegemônica e não participativa.
O coletivo possibilita a troca de tecnologias, experiências e principalmente a representatividade indígena nos meios de comunicação com a difusão de suas lutas como mais uma ferramenta de exigência de direitos.
Sobre o Acampamento Terra Livre (ATL)
O Acampamento Terra Livre (ATL), é a maior Assembleia dos Povos e Organizações Indígenas do Brasil que acontece desde 2004, e surgiu para que os povos originários pudessem assegurar e defender seus direitos.
O Acampamento é organizado pela Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil) e construído em conjunto com suas sete organizações de base: Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme), pela Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul (Arpinsul), pela Articulação dos Povos Indígenas da Região Sudeste (Arpinsudeste), Comissão Guarani Yvyrupa, Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Conselho do Povo Terena e Assembléia Geral do Povo Kaiowá e Guarani (Aty Guasu).
O primeiro ATL surgiu a partir de uma ocupação realizada por povos indígenas do sul do país, na frente do Ministério da Justiça, na Esplanada dos Ministérios, e logo aderida por lideranças e organizações indígenas de outras regiões do país.