Alok
Precisamos plantar, já! É urgente! A própria natureza é a solução, as árvores são a tecnologia para o enfrentamento da crise climática. Precisamos reflorestar em uma escala enorme no Brasil e em todo o Planeta, e quero fazer minha parte com o projeto PLANETA VERDE. Temos que preservar o que ainda existe, mas temos também que plantar, é urgente!
Com o lançamento do programa PLANETA VERDE, o Instituto Alok busca contribuir para ações de reflorestamento, restauração e preservação de ecossistemas nos variados biomas.
As ações levam também em consideração a qualidade de vida das populações locais, seu empoderamento e protagonismo, incluindo sempre que possível a geração de renda.
Amazônia
As primeiras iniciativas acontecem nos estados do Pará e do Acre, com o plantio de 252 mil árvores. Com apoio do Fundo Comunitário da AirBnB, foram feitas alianças com a SOS Amazônia e com o IEB – Instituto Internacional de Educação do Brasil.
“O Airbnb acredita no poder transformador do turismo sustentável, e já beneficiou, através de seu Fundo Comunitário, diversas iniciativas nos últimos anos. Com a doação ao Instituto Alok, reforçamos nosso compromisso de gerar impacto positivo e duradouro, através de projetos que promovem a recuperação do meio ambiente e o empoderamento das comunidades locais”, comenta Aleksandra Ristovic, Gerente de Relações Institucionais e Governamentais do Airbnb no Brasil.
Agrofloresta em Família
No Pará, o programa PLANETA VERDE une-se ao IEB – Instituto Internacional de Educação do Brasil e com organizações e famílias da Ilha do Marajó através do projeto “Marajó – Agrofloresta em Família” , que representa um aumento de 75% na renda de 150 mulheres que executam o plantio de 240 mil mudas em ação que irá restaurar cerca de 200 hectares (cerca de 200 campos de futebol, 2 milhões de metros quadrados).
As mulheres são, em sua maioria, agro-extrativistas e ribeirinhas.
A ação acontece nos municípios de Breves, Curralinho, Melgaço, Muaná, Portel e São Sebastião da Boa Vista, região recordista em desmatamento e com um dos piores Índices de Desenvolvimento Humano do país.
O projeto utiliza a metodologia de Sistema Agroflorestal (SAF), que permite que dentro de uma mesma área sejam feitos cultivos de árvores (como Andiroba, Jatobá e Pracaxi), palmeiras (como açaí e pupunha), espécies agrícolas/frutíferas de ciclo longo e curto (como cacau, cupuaçu, abacaxi, mandioca, mamão e banana). Essa diversidade garante a recuperação de serviços ecossistêmicos, além de gerar renda em curto, médio e longo prazo para as famílias. O SAF é uma estratégia importante para a segurança e soberania alimentar das famílias locais.
Segundo Manuel Amaral, coordenador executivo do IEB, “a parceria com o Instituto Alok e o Fundo Comunitário da AirBnB é estratégica porque impulsiona a restauração produtiva em uma área que tem um importante papel na proteção do ecossistema amazônico e que tem sofrido grande pressão de desmatamento. A implantação de viveiros e de SAFs promove o engajamento das famílias no território, impulsionando uma economia local baseada na agrofloresta e na diversificação da produção e da renda, contribuindo também para a soberania e a segurança alimentar dos moradores da região”.
Faça Florescer Floresta
No Acre, a iniciativa “Faça Florescer Floresta – Campo da Fartura”, em parceria com a SOS Amazônia, iniciou a criação de uma agrofloresta num processo de restauração de 7 hectares (70 mil metros quadrados) que foi degradado por uma queimada criminosa em 2019.
No território funciona o Centro Huwã Karu Yuxibu, idealizado pelo líder espiritual e artista Mapu Huni Kuin para a segurança alimentar dos povos indígenas que vivem na periferia de Rio Branco, para preservação da cultura, da medicina sagrada e das práticas espirituais do povo Huni Kuin.
Mapu é o intérprete da canção Yube Mana Ibubu, gravada com Alok no álbum “O Futuro Ancestral”.
“É um sonho que se realiza. Quando essa terra foi queimada pensei que todo meu sonho estava destruído, mas veio uma certeza de que poderia recuperar a vida daquela floresta tão linda. Temos uma parceria profunda com o Instituto Alok, que chamamos Campo da Fartura e inclui também a construção do restaurante Pit Kuin, já realizado no Centro Huwã Karu Yuxibu. Faltava desenvolver a agrofloresta, que agora será concretizada com a união do Instituto Alok com a AirBnb e a SOS Amazônia”, diz Mapu.
Responsável pelo projeto de reflorestamento, a SOS Amazônia fará a construção de um viveiro comunitário com capacidade de produzir anualmente 12 mil mudas de espécies florestais, frutíferas e palmeiras, além de oferecer assistência técnica, insumos, ferramentas e um sistema de irrigação, para sobrevivência das mudas durante a estação seca.
De acordo com Adair Duarte, líder de Restauração Florestal da SOS Amazônia, o plantio de agrofloresta promove a recomposição da paisagem florestal, garantindo a oferta de serviços ecossistêmicos. “Além de proteger o solo e as águas, a agrofloresta contribui para a oferta de alimentos, o que impacta positivamente na segurança alimentar das famílias e no funcionamento do restaurante Piti Kuin, voltado à gastronomia tradicional indígena e desponta como alternativa de trabalho e renda na comunidade”, comenta Adair.
Saiba Mais:
IIEB – Instituto Internacional de Educação do Brasil
O IEB foi fundado em 1998 com o objetivo de fornecer treinamento, promover educação, gerar e disseminar conhecimento, e reunir partes interessadas para construir uma sociedade sustentável. Suas ações de conservação de recursos naturais integram as diferentes dimensões da sustentabilidade, abrangendo aspectos econômicos, sociais e culturais, fortalecendo os atores sociais e o seu protagonismo.
Apoie você também:
SOS Amazônia
Responsável técnico pelo projeto de reflorestamento, a SOS Amazônia é uma ONG fundada em 1988, em Rio Branco, Acre. Entre seus fundadores esteve o líder ambiental Chico Mendes. A SOS desempenha importante papel nas Unidades de Conservação do Estado, onde também apoia a implementação de políticas públicas de conservação e de apoio às comunidades rurais.