O escritor indígena Olívio Jekupe lançou o livro “O Choro da Mãe Terra”, dedicado a contribuir com professores do ensino fundamental e médio para que possam levar aos alunos uma releitura da história dos povos indígenas.
O atual contexto de ressignificação da identidade dos povos indígenas na sociedade brasileira gera uma demanda nas salas de aula para a qual nem sempre o(a)s professore(a)s tem conhecimento ou bom material para estudo e promoção de debates.
A obra tem prefácio de Alok:


Sobre Olívio Jekupe
Renomado escritor indígena de literatura nativa da etnia Guarani, mora na aldeia Kakane Porã, em Curitiba. É autor de 24 livros e começou a escrever em 1984. Iniciou o curso de filosofia na Pontifícia Universidade Católica do Paraná, em 1988, vendendo artesanato para custear seus estudos. Também foi professor do ensino fundamental e presidente da Associação Núcleo dos Escritores e Artistas Indígenas (Nearin) e um dos fundadores da Associação Guarani Nae’en Porã.
Do autor:
“Sempre que sou chamado para dar palestra em alguma escola ou universidade do Brasil, uma das coisas que não deixo de falar é que o Brasil foi invadido, fomos roubados, pois em 1494 o Tratado de Tordesilhas – assinado pelo rei da Espanha e Portugal – já é uma prova que fomos roubados. Por isso eu não deixo nunca de falar desse tema. Por isso é muito importante que os professores comentem nas salas de aula sobre esse tema e mostrem que esse Tratado é a prova de tudo, porque sei que muitos professores nem percebem e deixam passar em branco e com isso as crianças crescem sem saber a verdadeira história e nisso vão acreditar na mentira que é o tal do Descobrimento do Brasil, da maneira como é contado até os dias de hoje. Sei que se falarem a verdade para os alunos desde o início da escolaridade, aí as crianças crescerão com uma visão diferente.”















Fotos: Arquivo do Projeto
Apoie você também:
*Veja outros projetos com povos indígenas nas áreas de Empreendedorismo, Gastronomia Social e Desenvolvimento Humano