O Instituto Alok se une ao Coletivo Ambientalista Indígena de Ação para Natureza, Agroecologia e Sustentabilidade – CAIANAS, do povo Terena no Mato Grosso do Sul.
O apoio do Instituto Alok tem como objetivo desenvolver o projeto “Guardiões do Clima”, de formação de 20 jovens indígenas em Etnoagroecologia, num contexto de emergência climática.
Os participantes têm entre 14 e 25 anos e pertencem às etnias Kinkinau e Terena das Terras Indígenas Cachoeirinha e Pílad Rebuá, localizadas no município de Miranda (MS).
Os jovens serão treinados para o resgate da agricultura ancestral Terena que reúne dimensões sociais, culturais, ambientais, cosmológicas e espirituais . Tais práticas foram abandonadas, deixando o povo Terena diante de grandes desafios para construir suas roças e auferir os alimentos para subsistência familiar.
Arquivo Caiana
As etapas que compõem essa parceria:
- Mobilização e sensibilização;
- Apresentação, discussão e validação do conteúdo programático da formação;
- Capacitação básica para produção audiovisual;
- Construção de viveiro e coleta de sementes de espécies nativas do Pantanal e Cerrado;
- Produção de mudas de espécies nativas;
- Formação sobre calendário agrícola cultural;
- Oficina “implantação de roça tradicional”;
- Levantamento e multiplicação de sementes e etnovariedades ancestrais;
- Oficina sobre cultura alimentar;
- Beneficiamento e processamento de frutos do Pantanal e Cerrado;
- Oficina “implantação de hortas agroecológicas”;
- Etnomedina e espiritualidade tradicional Terena.
A organização é uma das entidades indígenas brasileiras vencedoras em 2024 do PRÊMIO EQUATORIAL, com o qual o PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento reconhece soluções que gerenciam de forma sustentável a natureza e a biodiversidade.
Sobre a Organização Coletivo Ambientalista Indígena de Ação para Natureza, Agroecologia e Sustentabilidade – CAIANAS
A CAIANAS é uma organização indígena que tem como missão a defesa da qualidade de vida plena e do meio ambiente, mais diretamente do Cerrado e do Pantanal onde está inserida.
Busca pelo fortalecimento e direito dos territórios e pela autonomia das famílias indígenas, através de práticas culturais e etno-agroecológicas no cuidado, na luta e no cultivo da terra.
A Organização tem mobilizado e beneficiado mulheres, jovens, crianças, anciões, famílias e territórios, através de inúmeras ações, como recuperação de nascentes e áreas degradadas; plantio em sistemas agrícolas tradicionais e sistemas agroflorestais agroecológicos; revitalização de etnovariedades; constituição de bibliotecas de sementes; produção e distribuição de mudas; inserção do debate sobre a agricultura tradicional Terena nas escolas indígenas; valorização dos saberes e da espiritualidade tradicionais; entre outros.
O Coletivo CAIANAS também organiza cursos e processos formativos nas temáticas etnoambientais; publicação de cartilhas; participação e viabilização de intercâmbios com outros povos indígenas e comunidades agroecológicas; promove e participa de eventos ambientais e tem apoiado atividades de pesquisa e acadêmicas através do acompanhamento de alunos de graduação em estágios e pesquisadores.
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