O Instituto Alok apoia a construção do AYVÚ Records – um estúdio de música dentro de uma aldeia indígena do Brasil. O estúdio fica na Reserva indígena Francisco Horta Barbosa – aldeias Jaguapiru e Bororó (cidade de Dourados/MS). AYVÚ significa SOM, um som ancestral.
A finalidade é proporcionar ao grupo Brô MC’s a possibilidade de criar e produzir suas próprias músicas com autonomia e estrutura adequada para captação de voz e instrumentos.
Até então, o grupo trabalhava num pequeno estúdio na casa de um de seus integrantes.
São também objetivos do projeto:
- fomentar oficinas de rap guarani para jovens indígenas das aldeias Jaguapiru e Bororó, localizadas em Dourados – MS;
- contribuir para a autonomia e geração de renda dos integrantes do grupo Bro MC’s;
- consolidar um espaço que respeite a cultura, língua e modos de viver dos povos Guarani e Kaiowá;
- apoiar o desenvolvimento de ações socioeducativas voltadas para os jovens indígenas Guarani e Kaiowá; e,
- possibilitar a criação de uma rádio comunitária Guarani e Kaiowá, coordenada pelo grupo Bro MC’s.
Sobre o Brô MC’s:
Bruno Vn, Clemerson Batista, Charles Peixoto e Kelvin Mbaretê formam o primeiro grupo de rap indígena do país e participam do álbum autoral do DJ Alok, O Futuro é Ancestral.
Produzido por Fabiana Fernandes, o grupo é pioneiro na representatividade dos povos originários na Cultura Hip Hop, com letras marcantes, cantadas em idioma guarani e português.
O Rap Indígena é como uma flecha potente que atinge toda sociedade. Temas de grande impacto social são fontes de inspiração para o grupo, como a demarcação de terras, a resistência da cultura indígena e a esperança de um mundo mais justo. Por se tratar de um movimento (hip hop) advindo das periferias e carregado de responsabilidade transformadora, a música rap se torna a ferramenta artística para o grupo expressar a realidade de seu povo. Realidade que é silenciada há séculos.
Formado por quatro jovens de etnia Guarani Kaiowá, das aldeias Jaguapiru e Bororó, localizadas no município de Dourados – Mato Grosso do Sul, o grupo carrega a ancestralidade e a força da comunidade indígena.
Com 13 anos de trajetória, o Brô Mc’s tem na bagagem apresentações que vão desde assembléias das comunidades indígenas, à programas de TV , somando também parcerias com artistas nacionais, participações em longa-metragem, shows em escolas, universidades, festivais nacionais, turnê na Europa. Em 2022 o alcance da voz e o poder da fala repercutiu no palco do maior festival de música do mundo, o Rock in Rio e através do álbum de Alok.
Mesmo com todo esse pioneirismo e longa trajetória, o grupo sempre teve muita dificuldade em produzir suas músicas, visto que, nunca tiveram nenhum patrocínio para a produção e criação musical deles. Sendo também, muito difícil se locomover até outros estúdios, resultando com isso a produção em 13 anos de carreira de um único CD DEMO feito em 2009.
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