A parceria entre o Instituto Alok e o povo Guarani Nhandewa da terra Indígena Laranjinha (PR) busca contribuir ao fortalecimento cultural, revitalização dos costumes, hábitos, crenças, expressões artísticas e à preservação da língua original Guarani Nhandewa (Tronco Tupi) falada por essa etnia que vive no Norte do Paraná (Sul). Na região existem outras duas aldeias Nhandewa: Pinhalzinho e Ywy Porã – Posto Velho.
O apoio tem como objetivo a realização de três eventos culturais na aldeia Laranjinha, unindo os anciãos e líderes com as crianças, jovens e adultos, incentivando a revitalização de tradições e visões de mundo no caminho de vida das futuras gerações. Para os eventos é convidada toda a comunidade Guarani Nhandewa das várias aldeias. A organização buscará atrair a presença também de não indígenas da região.
Submetidos, a partir dos anos 50, a uma intensa destruição de seus recursos naturais para exploração madeireira e abertura de áreas agrícolas e de pastagens, os Nhandewa resistem.
Durante os eventos acontecerão:
- palestras culturais com a presença dos anciãos e das lideranças indígenas
- danças tradicionais
- comidas típicas
- trilhas guiadas pela mata e rios
- pinturas tradicionais
- venda de artesanatos
- práticas esportivas
- apresentação dos cantos Guarani Nhandewa
Os encontros culturais estão previstos para os meses de novembro (2024), abril e setembro (2025).
É com o povo Guarani Nhandewa a colaboração com o DJ e produtor musical Alok na faixa “Pedju Kunumigwe” do álbum O Futuro é Ancestral. A música foi nominada ao Grammy Latino 2024
Sobre o Povo Guarani Nhandewa
A etnia Guarani Nhandewa, faz parte do subgrupo da etnia Guarani existente no Brasil (ao lado dos Guarani Kaiowá e Guarani Mbya), com diferentes formas linguísticas, costumes, práticas ritualísticas, organização política, social e religiosa.
Os Guarani Nhandewa que habitam a Terra Indígena Laranjinha, no norte do Paraná, foram submetidos, a partir dos anos 50, a uma intensa destruição de seus recursos naturais para exploração madeireira e abertura de áreas agrícolas e de pastagens. No entanto, a comunidade decidiu, a partir do final da década de 1990, realizar um manejo de determinadas áreas para fins de restauração de florestas nativas. A floresta (re)criada permitiu uma ampliação dos recursos, contribui para redefinição da identidade social e para revalorização de suas tradições.
A comunidade é umas das terras indígenas com menor território demarcado. Com o passar dos anos, as famílias guaranis têm se multiplicado, e as condições de sobrevivência básica voltadas ao trabalho da lavoura não têm suprido as necessidades básicas da comunidade.