O Instituto Alok lançou em junho de 2024 o programa ÁGUA DE BEBER, contribuindo ao acesso à água potável em 8 estados e 23 cidades cidades do Nordeste, beneficiando entre 25 e 30 mil pessoas.
“Eu sonhava em ser pai. Hoje tenho dois filhos e saber que no meu país crianças ainda ficam doentes ou morrem por falta de água tratada é algo que comove e entristece. O Instituto Alok vai aportar pelo menos R$1 milhão em 2024 através de nosso programa Água de Beber – Nordeste realizando parcerias com o UNICEF e a Água Camelo”, diz Alok.
As primeiras parcerias do Projeto Água de Beber são com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e com a startup Água Camelo.
As ações acontecem em comunidades vulneráveis de capitais e cidades do interior, em zonas rurais, aldeias indígenas e comunidades tradicionais de municípios da região Nordeste, nos estados da Paraíba, Piauí, Pernambuco, Alagoas, Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia e Maranhão.
Nosso objetivo é somar esforços com outros parceiros para apoiar avanços relacionados às metas do ODS 6 – Objetivo de Desenvolvimento Sustentável, que projeta avanços na área até 2030, no sentido de assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todas e todos, com especial atenção às necessidades de mulheres e meninas.
Fotos: Alécio Cézar
WASH – Água, Saneamento e Higiene
O Instituto Alok se somou a muitos outros parceiros com o objetivo de apoiar iniciativas da área de WASH – Água, Saneamento e Higiene do UNICEF no Brasil para o fortalecimento de políticas públicas em estados do Nordeste e promover a saúde, o bem-estar e o pleno desenvolvimento de crianças e adolescentes por meio de ações e estratégias relacionadas ao acesso seguro à água para consumo humano, aos serviços de esgotamento sanitário e boas práticas de higiene, incluindo os seguintes eixos prioritários:
· Saneamento em áreas rurais;
· Promoção de ambientes saudáveis e sustentáveis em escolas;
· Povos e comunidades tradicionais.
Nessa parceria, serão priorizadas, entre 2024 e 2025, as necessidades dos estados de Pernambuco, Bahia e Maranhão.
Em Pernambuco:
- 40 escolas beneficiadas com obras de infraestrutura para melhoria do acesso à água potável. As cidades atendidas: Araripina, Bodocó, Cumaru, Itaíba, Ouricuri, Lagoa dos Gatos e Petrolina.
- 128 profissionais foram capacitados em práticas de manutenção e gestão das infraestruturas de WASH;
- 8.827 crianças e adolescentes participaram das atividades educativas, promovendo maior conscientização e melhorias nos hábitos de higiene;
- 234 gestores municipais e escolares foram capacitados em WASH e captação de recursos, garantindo a continuidade e expansão da infraestrutura de WASH nos municípios beneficiados.
Na Bahia:
- As ações ocorrem em três municípios no Sul do estado: Porto Seguro, Santa Cruz de Cabrália e Prado, compreendendo 13 comunidades indígenas. São elas: Tawá, Corumbauzinho, Águas Belas, Aroeira, Agricultura, Jaqueira, Campo do Boi, Mucugê, Pará, Barra Velha, Bugigão, Mirapé, Juerana.e Craveiro.
- As comunidades indígenas estão sendo beneficiadas com melhorias em sistemas de abastecimento de água.
- 13 Agentes Indígenas de Saneamento foram capacitados para manter as infraestruturas de água e saneamento nas aldeias e promover boas práticas de higiene e saúde comunitária.
- 10 Agentes Indígenas de Saúde foram capacitados para prevenir doenças relacionadas ao saneamento e promover a cultura de higiene em suas comunidades.
- 330 crianças e adolescentes indígenas participaram de atividades educativas sobre higiene e saúde nas escolas, promovendo a importância de práticas de higiene para a saúde pessoal e coletiva.
No Maranhão: Aconteceram melhorias nas infraestruturas de WASH em escolas e comunidades quilombolas no município de Bequimão:
- 5 escolas quilombolas receberam melhorias em WASH, com instalações de saneamento, acesso à água potável e locais para higiene pessoal;
- 01 comunidade quilombola recebeu melhorias no sistema de abastecimento de água, garantindo acesso regular e seguro à água potável;
- 936 crianças e adolescentes se beneficiam das melhorias em WASH nas escolas, garantindo acesso a instalações seguras e higiênicas
Segundo Rodrigo Resende, Oficial de Água, Saneamento e Higiene do UNICEF no Brasil:
“É com muita alegria que celebramos o segundo projeto entre o Instituto Alok e o UNICEF. Em 2021 a parceria foi focada na garantia de ambientes seguros, por meio de práticas de higiene, para crianças, adolescentes e famílias vulneráveis durante a pandemia da Covid-19. Entre as ações, houve a instalação de 10 estações de lavagem de mãos no Maranhão, priorizando escolas em comunidades quilombolas da grande São Luís. Além disso, a aliança teve um trabalho junto à população para a sensibilização sobre boas práticas de higiene, por meio da lavagem de mãos, incluindo a comunidade escolar para a reabertura segura de escolas.”
Fotos: Alécio Cézar
Centrais Água Camelo – Bebedouros
A parceria com a startup Água Camelo possibilita o acesso a água tratada, potável, inicialmente com a instalação de 20 pontos comunitários em 13 cidades de seis Estados (Pernambuco, Alagoas, Rio Grande do Norte, Paraíba, Piauí e Ceará) com sistemas inovadores de tratamento, coleta e refrigeração de água.
As primeiras localidades, estrategicamente escolhidos em Instituições que acolhem pessoas em vulnerabilidade social e comunidades carentes com escassez de água potável, são:
Na Paraíba, o projeto chegou inicialmente a 2 cidades: João Pessoa e Campina Grande onde foram instalados três pontos comunitários de acesso à água tratada, nas seguintes instituições:
- Em João Pessoa, a instalação aconteceu no Instituto Cultural e Esportivo Força Jovem Bushido, no bairro de Gramame, com ações voltadas ao esporte para crianças e jovens; e na Associação Beneficente Caminho da Esperança, no bairro Planalto Boa Esperança, que realiza atividades culturais para crianças e idosos;
- Em Campina Grande, na Casa da Criança Dr. João Moura, no bairro São José, que acolhe crianças com histórico de abandono familiar;
No Ceará, a parceria chegou a 6 cidades: Fortaleza, Maracanaú, Forquilha, Beberibe, Aracati e Eusébio:
- Fortaleza, no Instituto Pensando o Bem, que promove educação para crianças e jovens;
- Maracanaú, no Instituto Asas e Raízes Pitaguary, atende o povo indígena Pitaguary; e o Quintal da Maroka, que forma politicamente os moradores;
- Forquilha, na Associação Comunitária de Forquilha Acolha, que atua na educação; e a Associação Comunitária Capitão José Diogo de Siqueira, que oferece assistência básica;
- Aracati, na Recicriança que incentiva o esporte;
- Beberibe, na Associação Comunitária de Beberibe que oferece suporte social para as famílias em vulnerabilidade;
- Eusébio, na Associação Comunitária dos Moradores da Pedra Raio de Sol que foca no aprendizado para crianças; e no Instituto Tecnológico e Vocacional Avançado – ITEVA, que atua nas áreas de produção científica.
Em Alagoas, o ponto comunitário de acesso à água potável foi instalado em:
- Maceió no Instituto MANDAVER, que atua no bairro Vergel do Lago promovendo cidadania e transformação social através de ações voltadas para geração de renda, qualificação profissional, cultura, esporte, autonomia da mulher e sustentabilidade.
Em Pernambuco, nas seguintes cidades:
- Petrolina, na Casa de Apoio à Criança Tribo de Gade, no Jardim Petrópolis, que acolhe crianças em vulnerabilidade e risco social.
- Em Caruaru, no Centro de Educação Popular Comunidade Viva – COMVIVA, que atua nos bairros Cedro e Kennedy.
No Rio Grande do Norte, a instalação aconteceu em:
- Mossoró na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE, que atua no bairro Abolição 2 atendendo pessoas com deficiência (PcD) e oferecendo suporte para as famílias.
No Piauí:
- Em Parnaíba, foram realizadas as instalação de dois pontos comunitários de acesso à água potável no Instituto Projeto Amar de Parnaíba, que transforma a realidade de comunidades e pessoas em situação de rua realizando ações sociais de acolhimento e assistência nos bairros de São Francisco e Bom Princípio do Piauí.
O trabalho com as organizações parceiras nas cidades já atende cerca de 13 mil pessoas.
Segundo o Cofundador da startup Água Camelo João Piedrafita:
“É essencial o trabalho em rede para conseguir lutar contra essa grande guerra, onde 35 milhões de pessoas só no Brasil acordam todos os dias sem ter um copo de água limpa para beber em suas casas. Por isso, é fundamental construir sempre com muitas mãos os projetos, com instituições parceiras, lideranças comunitárias e organizações que têm conhecimento local e a confiança das pessoas, para que tenhamos sempre o melhor e maior impacto possível. É uma grande honra tirar do papel essa parceria com o Instituto Alok, uma organização que admiramos e já vislumbrávamos trabalhar há muito tempo. Fora isso, acreditamos ser um exemplo onde Alok, seu fundador, utiliza de sua enorme visibilidade para fazer a diferença em causas tão importantes, pelo seu engajamento com questões essenciais e pela seriedade e dedicação com o impacto genuíno”.
Soma-se ao Instituto Alok o apoio da WAAW – equipamentos de áudio
Fotos: Gabriel Tesserolli / Água Camelo
Água e Saúde
No Brasil, estima-se que cerca de 30 milhões de pessoas ainda não têm acesso a água tratada, e cerca de 100 milhões vivem sem coleta de esgoto.
Segundo o UNICEF, a falta de acesso ao saneamento – banheiro e rede de esgoto – é uma das privações que mais impactam crianças e adolescentes no Brasil. Segundo os dados da Pnad Contínua 2020 (últimos disponíveis para esse tema), quatro em cada dez meninas e meninos estavam privados desse direito.
Há quase o dobro de crianças e adolescentes negros e indígenas privados do direito ao saneamento no Brasil, em comparação com brancos e amarelos – 47% e 29,7%, respectivamente. O problema é mais grave nas regiões Norte e Nordeste, em que há estados com mais de 80% das crianças e dos adolescentes privados de saneamento, é o que indica a pesquisa “As Múltiplas Dimensões da Pobreza na Infância e na Adolescência no Brasil” do UNICEF. Embora estes números venham caindo, a precariedade e falta de investimento dos sistemas públicos de saúde, incluindo saneamento e acesso à água potável, é uma das principais causas da mortalidade infantil no Brasil (depois da prematuridade, por falta de assistência e orientações às gestantes, muitas em estado de desnutrição, e – mais uma vez – em função do déficit nos serviços de saneamento ambiental).
Beber água de má qualidade provoca sobretudo nas crianças, mas não exclusivamente, doenças gastrointestinais e estomacais com sintomas de diarreia, vômito e febre, com aparição de verminoses. Entre as doenças que podem provocar, as mais graves são a leishmaniose e a leptospirose.
A mortalidade infantil compreende a soma dos óbitos (0 – 6 dias de vida), neonatal tardio (7 – 27 dias) e pós neonatal (28 dias e com menos de 1 ano de idade) por mil nascidos vivos, em determinado espaço geográfico, no ano considerado.
A falta de água potável impacta de forma mais intensa crianças e adolescentes negros e indígenas, comprometendo também o acesso deles a outros direitos. 2,1 milhões de crianças e adolescentes vivem sem acesso adequado a água no Brasil.
(Fontes: Ecoa/Uol, UNICEF, Observatório do Marco Legal da Primeira Infância, Fundação Abrinq, Ministério da Saúde e IBGE)
Como o UNICEF atua
Entre outras estratégias, no Brasil o UNICEF conta com a iniciativa Água, Saneamento e Higiene (WASH, na sigla em inglês) voltada a apoiar o fortalecimento de políticas públicas em territórios mais vulneráveis – com especial atenção para os povos e comunidades tradicionais –, serviços de água, saneamento e higiene em escolas e o fortalecimento de capacidades de municípios localizados na Amazônia Legal e no Semiárido brasileiro.
As ações têm em vista os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente o ODS 6 que visa garantir a disponibilidade e a gestão sustentável da água potável e do saneamento para todos, com especial atenção para as necessidades das mulheres e meninas e das pessoas em situação de vulnerabilidade.
Para a área de Água, Saneamento e Higiene, o Unicef conta com o apoio de diversos doadores individuais e parceiros corporativos.
Parceiros estratégicos: Aegea, FRAM capital, Fundação Salvador Arena, Grupo Profarma, Grupo RD-RaiaDrogasil, Igreja de Jesus Cristos dos Santos dos Últimos Dias, Ministério Público do Trabalho (MPT), Takeda.
Parceiros: Grupo Tigre, Instituto Alok e WEG.
Apoiador: Sempre Livre® & Carefree®.
A estratégia conta, também, com parceiros internacionais que apoiam em ações emergenciais e na crise migratória: Departamento de Proteção Civil e Ajuda Humanitária da União Europeia (Echo, na sigla em inglês), Escritório para População, Refugiados e Migração do Departamento de Estado dos Estados Unidos (PRM, na sigla em inglês) e Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (Aecid).
O Programa de WASH do UNICEF no Brasil tem o objetivo de alcançar resultados sistêmicos gerais. Conheça abaixo algumas das metas do UNICEF para esta iniciativa em 2024:
• Beneficiar 60 mil pessoas com acesso básico à água
• 60 sistemas de água movidas a energia solar
• 5 municípios com planos municipais de saneamento básico desenvolvidos e aprovados
• 60 unidades de saúde atendidas com serviços básicos de WASH
• 200 escolas alcançadas com serviços básicos de WASH
• 20 mil mulheres e meninas adolescentes com necessidades de higiene menstrual atendidas
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Como a Água Camelo atua
Startup de impacto socioambiental focada no mercado ESG,a Água Camelo trabalha com projetos de acesso à água potável para organizações que desejam promover o acesso à uma fonte segura de água tratada para pessoas em situação de vulnerabilidade social, entre os centros urbanos, o semiárido e a Floresta Amazônica.
Para mudar o cenário da falta de acesso à água tratada, a startup incorpora tecnologias simples e acessíveis que viabilizem o consumo de água de boa qualidade por parte das populações sem acesso a esse serviço público básico.
Através da tecnologia de filtragem e distribuição de água, a Camelo utiliza um equipamento filtrante desenhado para uso comunitário, podendo comportar um alto volume de água bruta (24.000 litros/dia) para tratamento, deixando-a própria para o consumo, higienização pessoal ou limpeza de alimentos. Esse equipamento conta com uma membrana de fibra oca na sua parte interna, feita em fluoropolímero PVDF (fluoreto de polivinilideno), material de elevada estabilidade química, resistência à oxidação e resistência a ácidos e álcalis.